“cada um dá o nome que quer (e que pode) às coisas brutas
entenda-se por coisa bruta tudo aquilo que nos
[abisma-eleva-abisma-eleva de forma tão
[furtiva que perdemos a capacidade de
[intelectualizar por alguns instantes.”
Isadora Krieger
transmutar não mutar
a pele é encontro
os abraços
o desejo e aquilo que
não se pode conter
nós aqui tão contidas
eu me pergunto e às vezes
não consigo realizar a tarefa
a pele e o fogo
eu fico me perguntando
muito alto
latir
não existe outra forma
de estar no mundo
o que se desloca em nós
o tempo das coisas
filha, infância, cabeça
asas, caixa, corpo
não trocar
voltar para a casa da pele
história da foca para as crianças
a pele e a mulher selvagem
eu sou uma mulher-foca
eu reproduzi e me assustei
pensar é estar doente dos olhos
ritual com o fogo
comunhão
potência criativa
o que vejo e como
vejo?
como olhar de perto?
desejo, convergênci, percepção
renovar hábitos
ressignificar
o olhar
trocar de pele