Ana Araúja
Gosta muito do sabor de mastigar palavras em voz alta: professora, contadora de histórias, faladeira de poesia, dramaturga.
Gosta também das letras em seu ser coisa, forma no papel, arquitetura pétrea e logo pó: revisora, tradutora, poeta.
A criação é mistério, e ela, criatura encantada, fica de olhos e ouvidos e poros e boca aberta diante do que surge, no corpo ou no mundo ou no papel. Uma letra pode trans-
formar a história e quem a pronuncia.
Ariele Louise
Lê histórias em objetos. Ama yoga e apreciar possibilidades de individuação. Trabalha em pesquisa sobre o personagem Pierre Menard no mestrado em Literatura na UFSC. É revisora de textos. Não se arrisca a adjetivar esse encontro cazamiga.
Elisa Tonon
Gosta dos dias e das noites com céu azul e limpo, mas adora quando a tempestade se arma, o céu escurece, as folhas rodopiam com o vento e os pingos grossos fazem música no telhado. Acredita que escrever é se aventurar por essas e tantas outras condições climáticas, é ter o corpo na intempérie e na calmaria.
Acha que é um pouco disso também que faz como professora de Literatura do Instituto Federal de Santa Catarina, onde desenvolve o projeto de extensão Clube de escrita e integra o grupo de pesquisa Textualidades babélicas. É mestre e doutora em Literatura pela UFSC, com tese sobre Paulo Leminski.
Ibriela Sevilla
Lê mais do que escreve, aprende muito mais do que ensina. É convicta de que as palavras têm poder , e que saber ler o texto velado de um poema é (poder) desvendar os enigmas da vida cotidiana. Acabou de se (de)formar como mestre e doutora em literatura pela UFSC em 2015.
Juliana Ben
Juliana Ben é escritora, pisciana, poeta, feminista, performer, produtora cultural, pesquisadora e dizedora de poesia. Autora dos livros Te encontro nas minhas linhas em branco (2012), Preia-mar (Penalux, 2018) e Duração (Papel do Mato, 2021), já publicou nas revistas SubVersa, Mallarmargens e Gulliver. Realiza o Festival de Literatura PIPA – Pela Ilha Palavra Amplificada – ao lado de Demétrio Panarotto.
Juliana Pereira
não sei bem o que faço por aqui
mas acho que ninguém sabe
são vários os intrincamentos
a gente aqui se arde de afeto
não busca saídas para o que se perdeu não
só troca e excede
gosto de falar de ouvir
sempre por um triz
da ardência
a vida é sempre
o amor por vir
com elas me ponho
na mesa não me disseco
derreto
escorrego
abraso
Luciana Tiscoski
Pensa que é escritora, repete ruínas e distribui passagens falsas. Jornalista, mestre e doutora em literaturas. Hoje erra num pós-doc em histórias das artes e inicia enredos como técnica de cultura no Sesc. Publicou contos na Revista Subversa.
a barca em brasa
Somos um coletivo que se formou em encontros para ler poemas e falar de literatura em torno da mesa, da fogueira, do vinho, dos livros. A brincadeira de ler em conjunto o texto de outras e outros nos trouxe o desafio e o prazer da escrita autoral. Para prosseguir em jogo e cultivar a dinâmica coletiva e polifônica dos saraus, promovemos aqui rodadas de perguntas/diálogo que funcionam como convite e provocação para a escrita de poemas e outros experimentos.
O coletivo ABRASABARCA se dedica à pesquisa, descoberta e (re)invenção poética. Nossa proposta é continuar cultivando a troca, o atrito, as faíscas todas.
Poemas para ouvir
Essa última edição está provocadora, ateando fogo no lugar comum. Obrigada, poetas Joaquim (amei “a mulher do natureba”) e Juliana Ben (amar… o enigma)!!
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