E a revolta, o que é?

Um gosto amargo na boca?

Uma libertação?

Barricadas, caminhos fechados,

desvios para aonde devemos ir

de fato?

Um poema feito de cuspe?

Aquele pensamento ardente que

não encontra palavras

nem hora para se expressar…

Revolta revolta n’areia imensa da

minha solidão.

Re

voltar

ao passado?

Nada!

Quero o agora!

Não vim à vida à passeio.

Volta o gosto amargo

na boca

a convulsão no abdômem

do vômito

do riso desenfreado

do amor amassado

por palavras pesadas

de densidade re vol to sa.

Volta, retoma a revolta

que é vida e dor

que é corpo e

luta.

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